Entre tias que reivindicam aquele vaso antigo como se fosse o Santo Graal e primos que distribuem olhares desconfiados como se fossem acusações, as heranças podem ser um coquetel explosivo de nostalgia e rivalidades. Nesse caso, a avó preparou tudo minuciosamente antes de cobrar do filho o segredo que guardou por tanto tempo.
“Minha avó (mãe do meu pai) deixou para mim (tenho 27 anos) a parte da herança a que ele tinha direito como filho (meu pai tem 52), mas ele e meu irmão (30 anos) não receberam nada.
Para contextualizar, meu irmão e eu nunca conhecemos meu avô. Segundo papai, ele e meu avô tinham um relacionamento tóxico. Depois que meus pais (minha mãe está com 49 anos) se conheceram na faculdade, começaram a namorar e tiveram meu irmão. Após se casarem, meu avô parou de falar com papai. Alguns anos mais tarde, eu nasci, e vivemos felizes desde então.
Com a morte de meu avô, papai começou a ficar mais com sua mãe. Também tivemos a oportunidade de estar mais tempo com ela e até passávamos as férias de fim de ano em sua casa.
Era uma senhora idosa bastante doce e nos amava muito. Sua energia era muito vibrante e contagiante. Não minto quando digo que os Natais de minha adolescência foram meus momentos mais preciosos.”
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