A irmã do meu marido acha que sou preguiçosa e uma péssima mãe. Claro, ela não fala isso diretamente para mim, mas apenas insinua, dizendo, entre suspiros: “Não, Tania, não consigo entender como você consegue dormir bem enquanto suas crianças estão correndo pela casa com fome”. E a tragédia toda é que eu não preparo o café da manhã e, em geral, não faço um circo com as refeições como ela e minha sogra fazem.
Para mim, acordar cedo é uma verdadeira tortura. Fico irritada, sem paciência e minha cabeça fica pesada.
Sou uma pessoa calma e amigável, mas acordar logo cedo não é minha praia. Por isso, escolhi especificamente um emprego em que eu pudesse chegar às dez horas da manhã, e depois ainda fui transferida para o home office. Meu marido, mesmo antes do casamento, já sabia que eu era uma coruja, e não criou nenhuma expectativa sobre isso. Minha sogra ainda advertiu na época: “Vou ficar de olho em você, dorminhoca, quando as crianças vierem”.
Quando meus filhos eram muito pequenos, claro, eu me levantava. Lembro-me de como ia me arrastando apoiada nas paredes às sete da manhã preparar o mingau, depois tomava um banho e passava a primeira metade do dia como um zumbi.
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